Temas econômicos das eleições impactam investimentos

Os principais temas econômicos das eleições deste ano são as ações necessárias para a retomada do crescimento, as formas para manter os negócios no Brasil atrativos junto aos investidores estrangeiros e os passos previstos para equilibrar as contas públicas com o objetivo de reduzir a dívida interna.

Se houver consenso da sociedade de como enfrentar esses três problemas, o impacto para os ativos financeiros será positivo. A tendência para o longo prazo será de alta da bolsa, queda do dólar e redução das taxas de juros.

A retomada do crescimento é fundamental para a diminuição do desemprego, aumento dos salários e elevação dos lucros das companhias. O maior dinamismo do mercado tende a gerar mais oportunidades de empreendimentos, elevação do volume das operações de crédito e novos investimentos.

A inserção do Brasil no mercado de capitais internacional, por sua vez, é importante para o aumento da produtividade. Economias não conectadas aos setores de ponta dos negócios globais tendem a ficar estagnadas.

E o controle das contas públicas é essencial para reduzir a parcela do orçamento que é gasta com o serviço da dívida. Com folga de caixa é possível reduzir os juros e planejar o direcionamento de recursos para serviços públicos e investimentos estatais.

Entretanto, no atual momento da campanha eleitoral, ainda estamos longe de encontrar a melhor forma de atuação para a resolução dos gargalos. Se a incerteza continuar, o potencial de valorização dos ativos continuará limitado.

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A consequência desta incerteza é o reverso da valorização esperada dos ativos financeiros, caso houvesse a determinação política para enfrentar os problemas econômicos do país.

De abril a agosto deste ano, o dólar subiu mais de 20% em relação ao real, a bolsa caiu quase 10% e o IMA-Geral, indicador que mede a rentabilidade de uma carteira diversificada de títulos públicos, rendeu menos de 20% da variação do Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI).

A reação mais visível dos investidores no setor de fundos de investimento tem sido o aumento da procura por carteiras cambiais ou com aplicações no exterior.

O patrimônio líquido dos fundos cambiais, de aproximadamente R$ 5 bilhões, é relativamente modesto em relação ao total de R$ 4 trilhões do setor. Entretanto, o crescimento dos últimos meses do segmento tem sido expressivo.

Considerando apenas os fundos destinados aos investidores de varejo e de alta renda, entre abril e agosto houve incremento de 70% da quantidade de cotistas. Mais de 12 mil pessoas decidiram aplicar nas carteiras disponíveis nos bancos e plataformas de investimento.

O volume alocado nos fundos cambiais no período foi de aproximadamente R$ 1 bilhão, o que representa aumento expressivo em relação ao patrimônio atual.

Também relevante é o crescimento dos fundos das categorias multimercado e ações com investimento no exterior. Apesar de regulamentadas há algum tempo, o volume de aplicações em ativos negociados no mercado internacional a partir de carteiras constituídas no Brasil não era relevante.

O motivo para tanto eram as melhores oportunidades no mercado local em relação ao global. A diferença de juros entre o Brasil e o exterior era grande e as incertezas em relação ao crescimento das economias desenvolvidas desestimulava os investimentos em ativos de renda variável.

O cenário foi mudando gradualmente e hoje a confiança na solidez das principais economias do mundo é sensivelmente maior do que era há alguns anos. Adicionalmente, a recessão no Brasil derrubou as taxas de juros e a inflação, reduzindo a diferença da remuneração da renda fixa.

Segundo dados da Anbima, as carteiras multimercado e ações com investimento no exterior somam patrimônio de R$ 400 bilhões. Isso não significa que todo esse volume está investido fora do país, já que os administradores podem adotar a estratégia de classificar as carteiras dessa forma para aproveitarem eventuais oportunidades que apareçam.

De acordo com os dados da Morningstar, existem 1.939 fundos multimercado e ações com investimento no exterior. Desses, apenas 72 possuem mais de 50 cotistas e estão efetivamente disponíveis para investimentos de qualquer pessoa. O restante são carteiras exclusivas, algumas com volumes expressivos.

Ao contrário da última eleição presidencial, hoje existe mais incerteza em relação aos mercados emergentes do que aos desenvolvidos. Desde abril as ações nos Estados Unidos valorizaram 9%, os mercados globais subiram 6%, os emergentes recuaram 7% e o Brasil caiu 25%. Os índices são em dólares.

É importante encontrarmos nosso rumo para a economia.

Emoção para o investidor na largada das eleições

O dia 6 de abril foi o último para a desincompatibilização. Trata-se do afastamento obrigatório de ocupantes dos principais cargos públicos, tais como ministros, secretários, governadores e prefeitos, que pretendam se candidatar nas eleições de 7 de outubro.

Desde aquela data até o dia 31 de maio, o real perdeu 11% em relação ao dólar, o Ibovespa caiu 10% e o prejuízo médio dos detentores de títulos de renda fixa emitidos pelo Tesouro Nacional foi de 1%, conforme o indicador IMA-Geral. Para efeitos de comparação, a variação do certificado de depósitos interfinanceiros (CDI) foi de 0,94% no mesmo intervalo.

O período, que contou ainda com a greve dos caminhoneiros e a demissão do presidente da Petrobras, também coincidiu com turbulências no mercado internacional. O rendimento dos títulos de 10 anos emitidos pelo Tesouro dos EUA subiu do patamar de 2,70% ao ano para a faixa entre 2,90% ao ano e 3,10% ao ano.

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Esse aumento da taxa de retorno dos títulos americanos desencadeou uma série de ajustes nas posições dos investidores globais. Como resultado, praticamente todas as moedas perderam valor em relação ao dólar.

A cotação média das principais divisas dos países desenvolvidos recuou cerca de 4%. A desvalorização foi mais acentuada entre os emergentes. O peso argentino perdeu 20%, a lira turca 11%, o peso mexicano 10% e o rublo russo 7%.

Além disso, ocorreu o aumento da cotação das commodities decorrente, dentre outros fatores, da incerteza sobre a condução da política monetária nos EUA. O preço do petróleo no mercado internacional subiu 14% e o índice Thomson Reuters/CRB aumentou 5%.

As bolsas mundiais tiveram desempenho diverso. As ações negociadas nos países desenvolvidos subiram 1,23% em média, conforme o índice MSCI World. Já a cotação das companhias negociadas nos países emergentes caiu 3,60% em dólares, de acordo com o indicador MSCI EM.

Para o investidor local, a consequência do ambiente de crise política interna e ajustes no mercado internacional foi a queda do desempenho das carteiras mais agressivas. Mais de 90% dos fundos de ações e metade dos multimercado tiveram rentabilidade negativa no período.

A mediana do rendimento dos fundos de ações com mais de 50 cotistas e patrimônio superior a R$ 10 milhões foi de -8,39% no intervalo considerado. Na categoria multimercado, carteiras com a mesma quantidade de cotistas e patrimônio superior a R$ 50 milhões registraram mediana de rentabilidade de 0%.

No atual ambiente é importante que o investidor administre as emoções. Até há pouco dias, a recomendação majoritária dos analistas era aumentar o risco da carteira.

A avaliação era de que um candidato reformista ganharia as eleições, os juros ficariam baixos por muito tempo, a inflação continuaria controlada e o déficit público seria equacionado. Isso implicaria custo de capital menor para as empresas, aumento da produtividade, da atividade econômica e crescimento sustentável do Produto Interno Bruto (PIB).

Nesse cenário, a aposta certeira seria aplicar na bolsa, comprar títulos públicos de longo prazo e vender dólares. Existia confiança de que eventuais revezes na estratégia acabariam sendo rapidamente revertidos.

A queda recente dos ativos veio acompanhada de uma série de emoções negativas. A frustração de constatar que os candidatos de centro não sobem nas pesquisas de intenção de voto, a preocupação com a demora da retomada econômica, o desalento causado pela sensação de que a corrupção não arrefeceu e a indignação de que os cofres públicos possam ser usados para favorecer determinados segmentos da sociedade, pondo em risco as possibilidades do equilíbrio fiscal, são os sentimentos que agora dominam os investidores.

Entretanto, é possível ser otimista. Um governo fraco não é necessariamente ruim já que as forças de mercado podem passar a atuar de forma mais intensa. Por exemplo, sem ter como impor a redução de R$ 0,46 no preço do diesel, algum tipo de arranjo entre consumidores, postos de abastecimento e refinarias tende a ser encontrado.

No campo político, é possível que a vontade de prosperar acabe gerando pontos em comum entre os variados grupos de eleitores.

Em relação aos investimentos, é importante manter um plano de longo prazo, administrar os riscos e recapitular as razões que levaram às decisões de comprar aqueles ativos. E manter as emoções equilibradas.

Cenário para 2018 é de “kit Brasil” capenga

A recuperação dos preços do petróleo e das commodities agrícolas no mercado internacional parece indicar que a economia global continuará aquecida no ano que vem, mesmo com a possibilidade, cada vez mais concreta, de aumento dos juros nos Estados Unidos.

E a Selic ainda alta no Brasil em comparação com os juros praticados no exterior sugere a perspectiva de que recursos externos continuem entrando no país. Essa combinação de fatores tende a pressionar para baixo a cotação do real em relação ao dólar em 2018.

A aposta na valorização do real é um dos três componentes do chamado “kit Brasil”. Os demais são posições visando tirar proveito da alta da bolsa e da queda dos juros de longo prazo.

Hoje é quase consenso que a possibilidade de valorização do Ibovespa e redução ainda mais acentuada dos juros irá depender do resultado das eleições de 2018. E, por consequência, das escolhas sobre o ritmo de condução das reformas que o país irá executar.

O problema é que o grau de incerteza do cenário eleitoral hoje é muito grande. Por exemplo, o próximo evento relevante será o julgamento, marcado para janeiro de 2018, que poderá confirmar, ou não, a condenação do ex presidente Lula e a subsequente decisão de seguir ou abandonar a disputa.

Como não existe nem mesmo uma concordância de quais são os candidatos competitivos, fica impraticável identificar as plataformas e programas de governo que poderiam consolidar a ainda tímida recuperação econômica. Nesse ambiente, a tradicional aposta no “kit Brasil” parece excessivamente arriscada.

Isso porque, apesar das boas chances de valorização do real em relação ao dólar, a alta da bolsa e a queda mais acentuada dos juros se mostram muito atreladas aos desdobramentos da corrida eleitoral. Em 2018, uma alternativa de investimento que pode ganhar força para os investidores com acesso aos produtos oferecidos no segmento de alta renda dos bancos e das plataformas de distribuição são os fundos internacionais com proteção cambial.

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Tratam-se de carteiras que possuem como política de investimento específica a aplicação dos recursos captados em outros fundos negociados no exterior. Estes, por sua vez, têm por objetivo comprar ativos negociados no mercado global.

Os fundos internacionais podem ser compostos por ativos de renda fixa (bonds), renda variável (ações) ou uma combinação de ambos (multiestratégia). As carteiras podem ser amplas ou restritas a ativos de determinados países, regiões, categoria de emissores ou moedas.

Para cada tipo de carteira existe um parâmetro de referência específico. Por exemplo, se o fundo de renda fixa operar no mercado americano, o índice de referência pode ser o Bloomberg Barclays Aggregate Bond TR USD.

Já se for um fundo de ações global, denominado em dólares mas sem as empresas que são negociadas no mercado americano, o índice de referência pode ser o MSCI All Countries World Index ex USA.

Uma característica importante que o investidor brasileiro precisa ficar atento ao escolher um fundo internacional é que existem milhares de índices de referência calculados por dezenas de provedores diferentes à disposição dos gestores. Geralmente o parâmetro escolhido pelo administrador do fundo é indicado no prospecto e nos demais materiais de divulgação.

A despeito da estratégia de investimento estabelecida, para o investidor brasileiro existe o risco da valorização cambial que, dado o cenário para o próximo ano, é alto. Para medir o impacto da valorização do real, considere no ano de 2016 em que o S&P 500 teve valorização de 11,96%. Entretanto o dólar caiu 16,54% em relação ao real, o que teria eliminado os ganhos para o investidor local com aplicação no fundo internacional.

Para solucionar esse problema, as gestoras internacionais passaram a oferecer os fundos no exterior atrelados à uma proteção cambial. Significa que, na prática, o ganho do investidor brasileiro é a variação do certificado de depósito interfinanceiro (CDI) mais a variação do fundo internacional menos o custo da proteção.

Com o objetivo de baratear o custo da proteção e deixar o fundo internacional mais atraente, a operação de proteção é feita no exterior. Nessa estrutura, é como se o investidor brasileiro estivesse fazendo o investimento internacional com um empréstimo. O ganho final da aplicação é a diferença entre o rendimento da carteira internacional menos a taxa “Libor” mais o “spread” de proteção. Isso tudo somado à variação do CDI.

A maneira ideal para diversificar as aplicações financeiras

O cenário de bolsa subindo com juros e dólar caindo é um forte incentivo para sair das tradicionais aplicações indexadas ao Certificado de Depósitos Interfinanceiros (CDI).

Bancos e corretoras tem sido ágeis em oferecer aos investidores opções para diversificar a carteira. Mas, muitas vezes, as ofertas são caras ou complexas.

Entre as diversas alternativas, as que mais têm chamado a atenção no momento são as aplicações em ações, títulos de renda fixa, fundos de investimento com estratégias agressivas e modalidades envolvendo os Certificados de Operações Estruturadas (COE).

Mas é preciso cautela para compreender os perigos envolvidos em cada opção. O simples aumento do risco da carteira não implica, necessariamente, maior rentabilidade.

Como regra geral, a diversificação das aplicações financeiras é positiva. Isso porque tem o potencial de proporcionar maior retorno e, ao mesmo tempo, diminuir a oscilação dos ganhos.

A ideia é que se determinado investimento tiver prejuízo num certo período, a rentabilidade dos demais ativos compensará aquela perda. Ao longo do tempo, a média do rendimento do conjunto das aplicações tenderá a ser favorável.

No entanto, para que estratégia funcione, é preciso evitar ativos cujas cotações subam e desçam todas ao mesmo tempo e com a mesma intensidade. No jargão de mercado, os ativos devem ter correlação baixa.

Suponha que você queira diversificar investindo em dois fundos de investimento multimercado que sigam, rigorosamente, o “kit Brasil”. Significa que ambos possuem partes da carteira comprada em títulos prefixados, vendida em dólar e aplicada em bolsa.

Como os dois fundos seguem a mesma política de investimento, não há diversificação. Se um fundo tiver prejuízo, o outro também registrará perdas.

Nesse caso hipotético é preferível concentrar a carteira, escolhendo somente um fundo. A diversificação produz apenas complexidade para o controle das operações.

Outra vantagem da diversificação é estabelecer alocações estratégicas, visando alcançar os objetivos de longo prazo. Um exemplo é a poupança para a aposentadoria.

É razoável manter parte dos investimentos destinados à aposentadoria em aplicações atreladas ao índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso garante a manutenção do poder de compra no futuro.

Ao destinar parcela da poupança para títulos tais como as Notas do Tesouro Nacional da série B (NTN-B) o investidor garante que o capital será corrigido pela inflação mais uma determinada taxa de juros. É uma forma de tentar atingir a independência financeira de maneira mais segura.

A diversificação também é interessante para aproveitar oportunidades de curto prazo. No jargão, essa forma de investir é chamada de alocação tática.

Considere o cenário atual de queda de juros e alta da bolsa que vem ocorrendo a despeito de todos os problemas políticos e econômicos do país. Apesar das incertezas envolvendo conjecturas sobre o potencial de crescimento dos lucros das empresas e a sustentabilidade da queda dos juros, existe uma oportunidade de ganhos no curto prazo.

Para tentar lucrar nesse ambiente mais otimista, a recomendação é investir em títulos prefixados e em ações negociadas na Bovespa.

Nos últimos meses o retorno tem compensado os riscos. O gráfico ilustra a rentabilidade e a volatilidade dos principais indicadores de mercado nos últimos 12 meses.

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Além do CDI, estão destacados outros quatro indicadores. O IRF-M e o IMA-B são índices que medem o comportamento de uma carteira de títulos públicos prefixados e uma cesta de NTN-Bs, respectivamente. A variação do dólar em relação ao Real e o desempenho do Ibovespa também estão assinalados no gráfico.

O retorno é medido no eixo vertical e o risco no eixo horizontal. A leitura do gráfico indica que, no período analisado, os ativos mais arriscados tiveram rentabilidade mais elevada. A exceção foi o dólar.

Em termos práticos, o investidor possui duas maneiras de diversificar os investimentos: por meio de bancos ou de corretoras.

Nos bancos, a tendência é que o investidor encontre pacotes fechados, sem muita possibilidade de ajustes das alocações para atender necessidades específicas. Além disso, os custos das alternativas oferecidas tendem a ser mais elevados.

Nas corretoras, é possível montar uma carteira individualizada. Mas é preciso possuir conhecimentos sobre as operações para evitar armadilhas e prejuízos.

Dependendo do perfil do investidor, ambas as possibilidades são recomendáveis.

As difíceis escolhas para o ano de 2016

O ano começou com queda no preço das commodities, dúvidas em relação ao crescimento das principais economias do mundo e aumento global do custo do crédito.

No Brasil, continuam as incertezas ocasionadas pela frágil situação política do governo, o desequilíbrio das contas públicas e as previsões de mais um ano de forte retração econômica. O cenário para as aplicações financeiras em 2016 é desanimador.

Nesse ambiente, parece natural a fuga e a consequente desvalorização das opções mais arriscadas. A preferência tem sido pelos investimentos de renda fixa indexados tanto aos juros de curto prazo quanto à inflação e ao dólar.

A demanda por papéis prefixados é baixa e o próprio Tesouro Nacional, sensível ao clima geral de aversão a riscos, adequou a estratégia nos leilões de títulos da dívida pública. Concretamente, houve um aumento da venda de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), papéis vinculados à taxa básica de juros (Selic).

Na renda variável, a esperança é que a cotação das ações das companhias brasileiras tenham chegado a preços tão depreciados que justificariam compras especulativas. Entretanto, aceitar essa aposta implica conviver com variações extremas no valor de mercado do investimento.

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Para enfrentar a turbulência, as alternativas mais seguras continuam sendo os títulos públicos federais ou papéis emitidos por bancos de primeira linha. A contrapartida são os maiores custos e comissões, que acabam afetando a rentabilidade final da aplicação.

Investimentos em papéis de bancos de segunda linha, mesmo que dentro do limite de garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), devem ser encarados com cautela. O excesso de remuneração em relação às opções mais conservadoras pode não ser suficientemente elevado para compensar os riscos envolvidos.

Em relação aos indexadores, a escolha da variação do certificado de depósitos interfinanceiros (CDI) continua sendo a mais pragmática. Em que pese o encolhimento do mercado interbancário, o CDI ainda é o mais relevante índice de correção dos ativos financeiros.

A diferença entre o indexador e a Selic é acompanhada com lupa pelas autoridades e profissionais do mercado. Apesar de possível, não é provável que seja tolerado uma diferença muito grande entre as duas taxas sem que haja algum tipo de correção de rumo.

Uma opção a ser considerada é a indexação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador oficial de inflação. Houve recentemente um aumento da demanda por esses títulos, que trouxe como reflexo a redução da parcela prefixada da taxa, o chamado cupom.

Para exemplificar, considere a Nota do Tesouro Nacional da série B (NTN-B) com vencimento em 15 de maio de 2019. O papel está disponível para compra no Tesouro Direto, o sistema de negociação de títulos públicos via internet administrado pelo Tesouro Nacional.

Em meados de dezembro do ano passado, o título era negociado com taxa de IPCA mais 7,6% ao ano. No fim de janeiro a taxa caiu para IPCA mais 6,2% ao ano.

O comportamento reflete a redução da diferença entre o CDI e a inflação. A expectativa anterior era de que o Banco Central continuaria subindo a taxa básica de juros para forçar uma queda mais acentuada dos índices de preço. A nova sinalização do Comitê de Política Econômica (Copom) é de que isso não irá acontecer.

A variação do CDI nos últimos 12 meses foi de 13,34%. Se nada mudar, a tendência é que a taxa se aproxime do patamar atual da Selic, congelada em 14,25% ao ano.

A inflação em 12 meses, por sua vez, está em 10,67%. A previsão atual dos analistas é de que caia para perto de 8% ao ano. O resultado é que a diferença esperada entre uma aplicação indexada ao CDI e a expectativa do IPCA é de 5,8% ao ano.

Ao escolher a NTN-B, o investidor garante remuneração da inflação e pouco mais de 6% ao ano. A contrapartida é a necessidade de alongar a aplicação até 2019.

Um risco pouco provável, mas que começa a preocupar certos investidores, é a possibilidade de algum tipo de alteração mais radical nas regras das aplicações financeiras. O argumento é que, para equilibrar as contas governamentais, será inevitável alguma espécie de redução compulsória no valor da dívida pública.

O fato de as estatísticas mais recentes apontarem para um crescimento expressivo da dívida bruta do setor público alimentam esse tipo de especulação. A esperança, no entanto, é que as autoridades tenham um mínimo de habilidade para encaminhar a resolução deste problema.

Por enquanto, o único consenso é que, fora os fundos de investimento que cobram mais de 4% ao ano de taxa de administração, a caderneta de poupança manterá o posto de pior aplicação na renda fixa.

Sair do dólar para apostar no prefixado

Para muitos investidores, a dúvida do momento é abandonar as posições em dólar e migrar para alternativas vinculadas aos juros prefixados. O motivo é embolsar os ganhos obtidos com a desvalorização do real e reposicionar os investimentos para lucrar com a possível queda das taxas de juros de longo prazo.

As aplicações em fundos de investimento dos clientes do segmento Personnalité do Itaú ilustram o tamanho da dificuldade.

Desde o começo do ano, a quantidade de cotistas no fundo Itaú Personnalíté Dólar subiu de pouco menos de 3,5 mil para mais de 6 mil. Em contrapartida, o total de clientes no Itaú Personnalité Pré fez o caminho oposto e caiu de pouco mais de 7 mil para menos de 5,5 mil. O gráfico abaixo mostra essa evolução.

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O fundo Personnalité Dólar acompanha a variação cambial e o Personnalité Pré segue de perto o IRF-M, um indicador que acompanha a rentabilidade dos títulos prefixados emitidos pelo Tesouro.

O gráfico abaixo ilustra o desempenho de uma aplicação hipotética de R$ 10 mil nas duas alternativas desde o começo do ano. A linha verde mostra o valor corrigido pela variação cambial e a linha azul representa a correção pelo IRF-M.

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A aplicação atrelada ao dólar rendeu mais de 50% no período. Já o investimento no IRF-M teve ganho de 5%. Esse resultado justifica a opção dos clientes do Personnalité.

Existe uma percepção de que as taxas de juros no Brasil estão exageradamente elevadas. Além disso, a esperança é que a cotação do dólar se estabilize.

Acertar o momento certo para mudar as aplicações financeiras é sempre uma tarefa difícil. De todo o modo, vale a pena acompanhar o que os outros estão fazendo.

Entre a aposta no dólar e a segurança do CDI

O preocupante descontrole na condução da política econômica do país já vai provocando reflexos nas aplicações dos investidores de varejo. Desde o começo de agosto até o dia 18 de setembro, o total de cotistas com posições nos principais fundos cambiais oferecidos pelos bancos de rede subiu de 13 mil para 17 mil aplicadores.

BB, Caixa, Itaú e Santander lideram o segmento de carteiras indexadas ao dólar. Bradesco e Safra, assim como distribuidores independentes, tais como XP e Guide, também possuem produtos acessíveis aos pequenos poupadores.

O aumento do interesse dos investidores precisa ser avaliado em perspectiva. O maior fundo cambial, em quantidade de cotistas, é o Itaú Personnalité Cambial Dólar, com cerca de 6 mil aplicadores. O fundo DI mais popular do segmento Personnalité do Itaú  reúne 110 mil cotistas.

A comparação sugere que, atualmente, apenas uma fração pequena dos clientes possui aplicações em fundos cambiais. Essa proporção é semelhante nas demais instituições.

A tendência dos números, entretanto, chama a atenção. O crescimento médio de 30% na quantidade de cotistas dos fundos cambiais em período tão curto não encontra paralelo em carteiras das demais categorias.

Mesmo com a alta expressiva nos últimos meses, os investidores continuam buscando ativamente proteção para a desvalorização do real. A decisão pode fazer sentido, visto que a perspectiva é que a oferta de dólares caia na contramão da demanda pela moeda.

A perda do grau de investimento do país tem o potencial de reduzir o fluxo de entrada de investimentos estrangeiros direto, já alertava o ministro Joaquim Levy em 29 de abril, em apresentação na Câmara dos Deputados. E a vigência da instrução CVM 555 a partir de outubro tende a facilitar o acesso dos brasileiros aos produtos oferecidos no mercado internacional.

Além disso, conforme mostrou o repórter Fernando Torres, do Valor, considerando a diferença histórica entre a inflação no Brasil e nos Estados Unidos desde outubro de 2002 – até então cotação recorde na história do Plano Real –, o dólar, em termos reais, equivaleria hoje a R$ 6,83 – o que significa que há espaço para valorizações adicionais.

A despeito da razão para o investimento em ativos atrelados ao dólar, é importante ter em conta que a aplicação oscila acentuadamente. Nos últimos 15 anos, a variação cambial ocorrida em intervalos móveis 12 meses foi sempre elevada. E em metade das vezes foi negativa.

O pior momento para investir em dólar ocorreu entre janeiro e dezembro de 2009, quando a moeda americana caiu 25% em relação ao real e a cotação diminuiu de R$ 2,32 para R$ 1,74. O dólar continuou em baixa até atingir a mínima de R$ 1,56 em julho de 2011. A partir de então a moeda começou a trajetória de alta, até atingir as máximas históricas recentes.

A alternativa para fugir da volatilidade do dólar é manter as aplicações vinculadas à variação do Certificado de Depósitos Interfinanceiro (CDI), que guarda estreita relação com a taxa Selic. A vantagem é que, com o histórico de juros elevados no Brasil, em poucas ocasiões a estratégia produz arrependimento.

O gráfico abaixo compara a diferença entre a variação cambial e o CDI em períodos móveis de 12 meses desde setembro de 2000. As barras azuis indicam os momentos em que a variação cambial superou o CDI. As barras vermelhas mostram quando a rentabilidade do dólar foi menor do que o indicador da renda fixa.

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A quantidade de barras vermelhas é cerca de duas vezes superior ao número de barras azuis. Significa que, no passado, foi mais comum ganhar com a aplicação em CDI do que com o investimento em dólares.

Uma terceira opção é buscar o equilíbrio entre o custo de oportunidade do CDI e a proteção contra a desvalorização do real. A forma de implementar essa estratégia é por meio de operações estruturadas.

No atual ambiente de oscilações extremas do dólar, a oferta deste tipo de alternativa tem se multiplicado. O BNP Paribas, por exemplo, lançou recentemente o fundo Momentum FX Range.

O objetivo da aplicação é proporcionar uma remuneração de cerca de 160% da taxa prefixada desde que a cotação do dólar não ultrapasse um intervalo de aproximadamente 5% para cima ou para baixo em relação à data do início da operação.

Para cada dia em que a taxa de câmbio termine fora do patamar especificado, a rentabilidade do fundo cai. No pior cenário, o rendimento é nulo.

A XP, por sua vez, oferece aos clientes que já possuem dólares, e lucraram com a alta, a possibilidade de assegurar o ganho sem vender a moeda. Por meio de operações no mercado de derivativos, o objetivo da estratégia é comprar, sem custos, um seguro contra a queda do dólar. A contrapartida da estrutura é abrir mão de parte do ganho, caso a moeda estrangeira continue subindo.

Especialmente no momento atual, as decisões devem considerar os riscos e os objetivos do investimento. O maior impacto da crise que atravessamos é o aumento da complexidade dos fatores que precisam ser levados em conta antes de decidir pela melhor aplicação financeira.

O ponto positivo é que existem uma série de produtos financeiros disponíveis para a diversificação dos investimentos. Entretanto, uma avaliação criteriosa das alternativas é essencial para evitar decisões equivocadas.

Aumenta a demanda por fundos cambiais no varejo

O cada vez mais preocupante descontrole na condução da política econômica do país já vai provocando reflexos nas aplicações dos investidores de varejo. Do começo de agosto ao dia 18 de setembro, o total de cotistas com posições nos principais fundos cambiais oferecidos pelos bancos de rede subiu de 13 mil para 17 mil.

BB, Caixa Itaú e Santander lideram o segmento de carteiras indexadas ao dólar. No entanto, Bradesco e Safra, bem como distribuidores independentes, tais como XP e Gradual, também possuem produtos acessíveis aos pequenos poupadores.

O gráfico abaixo compara a evolução da quantidade de cotistas de quatro importantes fundos cambiais. Todos possuem comportamento semelhante.

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O eixo vertical indica a quantidade de cotistas de cada fundo. O eixo horizontal marca o tempo. A queda brusca ocorrida em 31 de agosto é decorrente de erro na divulgação das informações que deverá ser corrigido posteriormente.

Após um primeiro salto entre fevereiro e março deste ano, a quantidade de cotistas ficou relativamente estável. Mais recentemente o interesse dos aplicadores foi renovado.

O cenário vai ficando cada vez mais complexo para a gestão dos investimentos. Em contrapartida, os instrumentos de proteção para as aplicações estão cada vez mais disponíveis.

Dólar, inflação, CDI: investimento na crise

Crise política, atividade econômica em queda, juros altos e dólar perto das máximas históricas. O cenário atual para as aplicações financeiras no Brasil não é dos mais animadores.

Apesar disso, alguns fundos de investimento conseguiram desempenho excepcional neste começo de 2015. As apostas foram, basicamente, na desvalorização do real e em ativos negociados no exterior, conforme reportagem de Luciana Seabra no jornal Valor do dia 19 de março.

A cotação do dólar subiu cerca de 30% em relação ao real desde novembro do ano passado até hoje. A falta de clareza em relação às mudanças na política econômica do segundo mandato da presidente Dilma e a perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos foram as principais razões para que o dólar saltasse do nível de R$ 2,50 em novembro do ano passado para os R$ 3,20 atuais

Os cotistas das carteiras cujos gestores conseguiram antecipar esses movimentos de mercado tiveram ganhos expressivos. No entanto, a dúvida agora é saber se o cenário de incertezas pode piorar ou se já é possível vislumbrar alguma estabilidade econômica para o país.

Do ponto de vista das estratégias de investimentos, se o ambiente continuar incerto, a tendência é que as aplicações indexadas ao dólar continuem entre as mais rentáveis ­ mesmo com a taxa de câmbio nos níveis atuais. Em contrapartida, se novas indicações sinalizarem que o pior da crise brasileira já ficou para trás, outras modalidades podem ser mais rentáveis.

Hoje a principal fonte de instabilidade é a dificuldade de o governo conseguir construir argumentos políticos para justificar o ajuste fiscal. Após uma campanha eleitoral polarizada, a guinada na condução da economia foi surpreendente.

O Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros para 12,75% ao ano. É o maior valor desde o fim de 2008 e está 5,5 pontos percentuais acima do ponto mínimo de 7,25% ao ano, que vigorou entre outubro de 2012 e abril de 2013.

O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou, por sua vez, que uma série de decisões econômicas anteriores, como as desonerações tributárias seletivas, não foram bem­sucedidas e precisam ser revistas. Muitas dessas medidas foram insistentemente questionadas pelos adversários políticos da presidente.

Apesar dos argumentos de que o estelionato eleitoral é uma atividade recorrente no Brasil e que a tradição de nossos políticos é governar de forma diferente do que foi debatido ao longo da campanha, desta vez o grau de tolerância da população parece menor. A intensidade da mudança de orientação da economia somada à revelação do esquema de corrupção na Petrobras acirraram os ânimos.

Esse ambiente de eterna disputa política é favorável à alta do dólar e às aplicações fora. Porém, existe uma chance razoável de haver uma composição política para aliviar a pressão sobre a presidente Dilma, de maneira que o ajuste fiscal seja implementado.

Para esse cenário mais benigno, uma previsão importante é o efeito do repasse da alta do dólar para a inflação. Os analistas estão divididos.

As dúvidas dos economistas sobre o tamanho do repasse da alta do dólar para a inflação foi objeto de reportagem de Arícia Martins, do Valor, nesta segunda, 23 de março. O principal ponto de discussão é o efeito da queda dos preços das commodities no mercado internacional.

Um dos principais índices que medem a variação de preços de uma cesta de commodities negociadas no exterior é o Thomson Reuters/Jefferies CRB Index (TR/J CRB). O indicador abrange produtos agrícolas, energia, metais preciosos e básicos ou industriais.

TRJ CRB

De janeiro de 2004 a julho de 2008, uma aplicação hipotética de R$ 100 no TR/J CRB teria virado R$ 208. A valorização no período foi de mais de 100%. No mesmo intervalo, a mesma aplicação na cotação do dólar em relação ao real teria caído 46%, para R$ 54.

Já entre agosto de 2008 e 18 de março de 2015 houve uma completa reversão das posições. A aplicação no TR/J CRB caiu para R$ 104 e o investimento em dólar atingiu R$ 112.

O argumento dos especialistas é que a alta do dólar pode ser compensada, pelo menos em parte, com a queda na cotação das commodities. Isso ajudaria no controle da inflação e reduziria a necessidade de o BC continuar a política de elevação dos juros.

Hoje a Selic está confortavelmente acima da inflação projetada. O principal motivo para o BC continuar subindo os juros é, de certa forma, agir conforme se espera quando a inflação está alta. É uma espécie de reação convencional, que busca afastar surpresas e reduzir as incertezas.

Se os juros subirem muito, em algum momento passará a ser interessante montar posições prefixadas. Até lá, mantido o cenário turbulento, mas controlado, investimentos atrelados aos juros de curto prazo, como a variação do CDI, parecem atraentes.

O histórico é favorável ao CDI. Entre janeiro de 2004 e março de 2015, se a aplicação hipotética de R$ 100 estivesse atrelada ao CDI teria se transformado em R$ 357, uma alta de 257% ­ rendimento difícil de ser superado.

Investimentos "offshore" cada vez mais disseminados

Nos últimos quatro anos os brasileiros investiram US$ 20 bilhões em ações de companhias estrangeiras e títulos de renda fixa negociados no mercado internacional. O saldo está registrado no Balanço de Pagamentos, documento que contabiliza as transações do Brasil com o resto do mundo, divulgado pelo Banco Central (BC).

Outro indicador que aponta para a tendência de internacionalização das aplicações é encontrado na declaração anual de capitais brasileiros no exterior, também sob a responsabilidade do BC. São informações obrigatórias prestadas pelos residentes no Brasil que possuam mais de US$ 100 mil aplicados fora do país.

Os últimos dados disponíveis indicam que o total do estoque de capitais brasileiros no exterior, incluindo aplicações financeiras, participações em empresas, imóveis e outros ativos, saiu de US$ 280 bilhões em 2011 para US$ 392 bilhões em 2013. O crescimento foi de 40% em dois anos.

Offshore

Diversos fatores justificam o maior interesse dos brasileiros por alternativas no exterior. O mais importante, relacionado com a evolução recente da política macroeconômica, foi a combinação de redução dos juros e desvalorização do real verificada ao longo do governo Dilma.

Nos últimos 36 meses encerrados em fevereiro de 2015, a variação média anual do CDI, o principal parâmetro para comparar a rentabilidade das aplicações de renda fixa, foi de 9,72%. O dólar, por sua vez, subiu em média 14,73% ao ano em relação ao real no mesmo período.

O efeito desse cenário, do ponto de vista financeiro, foi o aumento da competitividade das aplicações fora do país. Usar os reais disponíveis no Brasil para comprar dólares e investir no exterior passou a proporcionar excelentes resultados.

Outro aspecto positivo para a estratégia de investimentos “offshore” foi a acentuada recuperação do valor das empresas negociadas nas bolsas mundiais, em especial nos EUA.
O índice S&P 500, que mede o comportamento das ações das maiores companhias americanas, por exemplo, subiu o equivalente a 14,64% ao ano nos últimos três anos. Em contrapartida, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, caiu 6,46% ao ano, na média, no mesmo intervalo.

Muitos gestores de fundos de investimento no Brasil aproveitaram a oportunidade para ajustar as carteiras, buscando as opções mais rentáveis. É possível constatar que, em boa parte dos fundos com melhor desempenho, a parcela dos recursos aplicada no exterior aumentou.

Além disso, novos produtos foram criados com o objetivo de melhorar o acesso do investidor local ao mercado internacional. A modernização da legislação brasileira possibilitou que os investimentos fora do país passassem a ficar mais seguros, com o aumento da transparência para os aplicadores.

Como consequência, até os grandes fundos de pensão, tradicionalmente mais conservadores nas decisões, passaram a analisar ativamente as oportunidades no mercado internacional.
A tendência para os próximos anos é de crescimento da participação dos ativos estrangeiros no portfólio dos investidores brasileiros. Diversificação, segurança e instrumentos financeiros eficientes estarão no foco dos investidores.

O mercado de investimentos “offshore” para brasileiros parece caminhar para um duradouro ciclo de alta.