Apostar na vitória da oposição para lucrar com a bolsa é uma estratégia arriscada. Desde 2006, existe uma marcante divisão da intenção de voto dos brasileiros de acordo com a faixa de renda do eleitor.
Segundo as pesquisas de opinião realizadas pelo Ibope, tanto em 2006 quanto em 2014 o candidato de oposição vence nos segmentos de renda mais alta, mas perde no grupo de menor poder aquisitivo. A popularidade do concorrente da terceira via não muda o quadro.
O gráfico abaixo compara as intenções de voto de quatro postulantes, em períodos diferentes, nas eleições de 2006 e 2014. Existe uma relação entre a renda familiar do eleitor (no eixo horizontal) e a popularidade do candidato (no eixo vertical).
Tanto Alckmin em 2006 tanto Aécio em 2014 tinham mais votos do que Lula em 2006 e Dilma em 2014 entre os eleitores mais ricos. Na faixa de renda acima de cinco salários mínimos (SM), os oposicionistas possuíam 38%-41% de intenção de votos, contra 23%-29% dos governistas.
Quanto menor a renda do eleitor, maior a popularidade do candidato governista. No extremo oposto, entre os que ganham menos de um salário mínimo, Lula e Dilma marcavam 50%-53% das preferências, contra apenas 13%-17% de Alckmin e Aécio.
O levantamento de 2006 foi feito em setembro, na véspera do primeiro turno da eleição. Os números de 2014 são de agosto, antes do início da propaganda eleitoral gratuita.
A última pesquisa do Ibope aponta que 12% dos entrevistados possuem renda familiar acima de cinco salários mínimos, 35% entre dois até cinco, 33% entre um até dois e 14% ganham até um salário mínimo. Cerca de 6% não responderam.
Parece mais prudente apostar na alta da bolsa em razão dos fundamentos das empresas do que pela possibilidade de vitória da oposição.
De mal a pior. O artigo simplesmente não faz sentido. Quando li a manchete esperava algo que indicasse os riscos da vitória de um dos candidatos da oposição. O primeiro parágrafo não se liga com os próximos e a conclusão não existe à luz do que se argumenta.
Por favor, se existe algum argumento adicional, esclareça, pq a credibilidade do blog está indo pelo ralo.
Com a marcante divisão dos votos dos brasileiros de acordo com a renda familiar, não acredito que nenhum candidato de oposição tenha condição de modificar radicalmente os rumos da política econômica, apoiada por larga parcela da população. A não ser que os oposicionistas digam o que pretendem fazer e conquistem os votos. Por isso é que acho mais seguro apostar no fundamento das empresas.
Rodolfo,
Com o máximo respeito, divirjo da sua consideração sobre o texto.
Vejo ali a analise de que o cenário de que a oposição ira ganhar tem menos chances de se concretizar, pois o tamanho das classes em que o apoio do atual governo e maior e mais relevante que a minoria que tem maior simpatia pela oposição.
O atual governo tem alguma margem em 84 por cento do eleitorado, o que diminui o impacto na classe mais alta, digamos assim.
Portanto, estatisticamente, e um cenario que pode não se concretizar….
Ao reves, os fundamentos tendem a mudar com menos intensidade e podem levar a decisões mais seguras, independentemente do governo que for eleito.
Gostei muito do post e relembra que mais que politica, devem ser examinados os fundamentos…