Por enquanto com Dilma, o melhor é dólar e consumo

É consenso que a condução da política macroeconômica no governo Dilma mudou em relação aos períodos anteriores. Além disso, houve reflexos internos das intervenções promovidas pelos bancos centrais dos países desenvolvidos, que fixou em praticamente zero as taxas de juros de curto prazo nas principais economias.

A consequência para o investidor brasileiro foi a alta dos ativos atrelados ao dólar e a valorização dos papéis de empresas do setor de consumo. Adicionalmente, o aplicador foi obrigado a conviver com grandes oscilações dos principais ativos financeiros.

No período entre 31 de dezembro de 2010 e 19 de novembro de 2013, o Ibovespa chegou a perder 37% entre máxima atingida em 12 de janeiro de 2011 e a mínima, no fechamento do mercado de 3 de julho de 2013. O indicador ainda acumula queda de mais de 20%.

O IMA Geral, indicador de renda fixa que mede a rentabilidade média de uma carteira diversificada de títulos públicos também disponíveis no Tesouro Direto, chegou a cair quase 6% entre 8 de maio e 16 de junho de 2013. No período total a valorização é de 31,26%, acima do CDI e da inflação.

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A modalidade mais rentável no período foi a média dos Recibos de Depósitos Brasileiros – BDRs na sigla em inglês. São títulos negociados no Brasil vinculados a ações de companhias estrangeiras. Os papéis brasileiros que representam empresas estrangeiras valorizaram 96% no período.

O pior momento para os investidores em BDRs ocorreu entre 7 de janeiro e 2 de setembro de 2011, quando o indicador caiu 37%. No dia  7 de dezembro de 2011, no entanto, 208 dias úteis após o pico, a cotação recuperou o ponto máximo anterior.

O índice dos fundos imobiliários (IFIX) teve um desempenho razoável no período, apesar da queda de mais de 20% entre fevereiro e agosto de 2012. A alta total foi de 41%, mas quem investiu nas máximas do começo do ano ainda acumula prejuízos.

Os indicadores revelam o retrato de um período que acabou sendo altamente conturbado. Maior clareza para os investimentos dependerá das orientações da política econômica que será seguida no período final do governo Dilma.

3 pensamentos sobre “Por enquanto com Dilma, o melhor é dólar e consumo

  1. Professor. Comprei ações da Marfrig e estou apavorado com a desvalorização. Paguei nove reais e hoje está abaixo de quatro. O que o Senhor acha dessa empresa. Tem chance de recuperar isso? Um abraço. Luiz Bernardi

    • Esses são os analistas que acompanham o papel:
      Banco do Brasil
      Leonardo Nitta
      Henrique Koch

      Banco Santander
      Luis Miranda
      Tobias Stingelin
      Ronaldo Kasinsky

      BTG Pactual
      Thiago Duarte
      Enrico Grimaldi

      BES
      Claudia Elisabeth Feddersen
      Catarina Pedrosa
      Felipe Machado

      Citigroup
      Alex Robarts
      Marcelo Inoue

      BofA Merrill Lynch
      Fernando Ferreira
      Isabella Simonato

      Bradesco
      Gabriel Lima
      Ricardo Boiati
      Pedro Bueno

      Deutsche Bank
      Jose Yordan
      Katina Metzidakis

      GBM – Grupo Bursátil Mexicano
      Mauricio Vallejo
      Miguel Mayorga

      Itaú
      Alexandre Miguel
      Felipe Lopes da Cruz

      Link Investimentos
      Rafael Cintra

      J. Safra
      Alan de Souza Cardoso

      Votorantim
      Luis Carlos Cesta
      Marco A. Richieri
      Goldman Sachs
      Luca Cipiccia

      HSBC
      Lauren Torres
      Diego T Maia

      JP Morgan
      Alan Alanis
      Pedro A Leduc
      Sambuddha Ray

      Morgan Stanley
      Javier Martinez de Olcoz Cerdan
      Wesley Brooks

      UBS
      Gustavo Pires Oliveira

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